Nos meus sonhos
(impérios flamejantes)
queima, hoje, a privação da chuva,
queima, hoje, a danação da seca,
queima o solo esturricado,
queima o vento.
Nos meus levianos sonhos
ardem as pontas das velas
ardem a solidão e o sofrimento
ardem os gritos da masmorra
(no meu porão incendiado).
Os meus sonhos
- desculpe-me -
não são feitos de possibilidades.
Nas minhas indagações existem delírios
Nos meus sonhos
- e só neles -
sonham os cavalos com verbos mais eficazes.
Um comentário:
. devaneios
nos torna mais vivos.
adoro poesia!
rimadas ou não
entediantes ou empolgantes
boas ou ruins.
gostando de ler, você!
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