É uma família tão grande que todos na sala se esbarram, quando é caso de reunião. Fatidicamente e desde que me entendo por gente, antes do almoço é sempre muito triste com orações que lembram os que morreram e fazem meia dúzia chorar. Tudo bem... meia dúzia não é nem um terço, o restante permanece inerte.
Já ouve balanço, houve época em que a varanda era grande o suficiente pra que todos jogassem rouba-bandeira. É verdade que, nessa época, "todos" não era tanta gente assim.
No meio de toda a área de fora houve um portão azul que separava os fundos da frente e era sempre muito divertido dividir a casa por ele. E andar pelas paredes num degrau que existe por volta da casa, segurando pelas janelas. Sempre houve/há/haverá angu no chão para os passarinhos. Ainda é divertido brincar de esconde-esconde. A sala de televisão tem um armário que guarda livros, charadas, ilusões de ótica e, ultimamente, muitos pernilongos.
Muitas fotos pela casa.
Alguns ainda acham o pé de jambo um desafio. Um desafio menor, posto que as pernas e braços cresceram bem desde que a mania de subir nas coisas começou.
E não é uma casa. É um abrigo, como os que as famílias boas e bonitas tem.
Já houve época em que o pé-de-beijo era cheio de lagartas e eu, muito medrosamente, evitava passar por baixo. Já houve época de sermos amigos de uns e indiferentes a outros. Mas é gente demais pra se amar, então nunca foi o caso. Hoje, o que sei é que sou amigo de poucos, acho a maioria indiferente, e não suporto alguns.
Mas o carteado une ideais.
4 comentários:
olha so, me identifiquei com isso!
Ou, .
Ô carteado, meu porém. Ah, porém.
Hoje em dia tudo lá me cheira mais a porém. Mas, sinto.
Família. Acho que você disse tudo mesmo.
E ver a família do cachorro da boca preta por um ângulo que não o dele é sempre interessante.
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