Há tanto e tanto que eu não posso explicar. As esperanças não faltam, mas gotejam inutilmente nesse coração inerte. Nem bate o peito diante da vida, nem pulsa a vida diante de mim.
Já se foi o tempo das varandas, o cheiro dos porões e dos assoalhos mofados. Partimos por caminhos tão diversos, nos espalhamos, nos dissipamos, nos perdemos. Nem a mesma língua falamos e os gestos não mais se encaixam. Nem conhecidos somos mais.
Pois, amigo, eu vi a lua. Ainda se esconde e me inspira devaneios. Mas vejo sempre na lua o meu reflexo disforme. A lua está sozinha. A lua está minguando.
3 comentários:
Ah Martinez, fosse eu uma lembrança de conversas intermináveis e sorrisos sem fim. Saudades, sempre.
Amigos sempre são bons e por alguns poucos e verdadeiros, vale a pena dizer linda palavras como as suas...
lindo demais. poesia de ficar calado no fim.
;*
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