Será o tempo dos sapatos e das sandálias, o tempo dos pés no chão? É o tempo de correr no desespero, transitar entre os cômodos e percorrer distâncias mínimas com orgulho de quem vence maratonas. Ser estranho.
Eu como meus sonhos mas sou logo obrigado a devolvê-los ao mundo. São um tanto indigestos. E se remexem tanto fora quanto dentro de mim. Há dúvidas com relação ao que eu desejo, mas eu sempre desejo, é um cansaço de tanto desejar.
Eu me permito ver os insetos sob as pedras, acho menos digno pisoteá-los com meus pés imundos. Eu tenho medo de não ser tão convecional, mas eu não sou. Não sei, na verdade, qual medo me corrói mais. Eu tenho medos demais. E coisas mais interessantes para pensar.
4 comentários:
Você voltou!
vivaaaaaaa
"Eu tenho medo de não ser tão convecional, mas eu não sou. Eu tenho medos demais. E coisas mais interessantes para pensar."
sim, vc pode.
vou te contar um segredo: (mais um dos meu medos) temo, e muito, os elogios. tolo.
um abraço forte.
"errar é das coisas que faço mais dignamente".
é tempo de por os pés no chão, tocar a realidade para que o sonho indigesto continue fazendo mal
Muito bom,
adoro ler você
bjoo
adorei esse final tb..
chave de ouro.
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