Toda ela é um equívoco
moldada de podre afeto.
Pobre dela que se conhece
que sabe quem é, que convive consigo.
Pobre dela que dorme e que sonha
e que só dela fala, só ela vê, só dela lembra.
É toda ela um esquivo capricho.
Fraudulenta vida, escamoteadora de si.
E tudo nela é soberba, exagero.
É uma mentira maqueada. De mentira.
Não há de ser grande nem em delírio!
- disso sabendo, põe-se a morrer.
E afoga-se nas inconvenientes bobagens que diz.
Mais uma vez chora.
Mais uma vez chora.
Silêncio.
Quando cala-se, percebe o pulso.
Não morre, não morre.
Mais uma vez chora.
Mais uma vez chora.
2 comentários:
Então está de parabéns :) não só por este, mas pelos outros também! Achei acidentalmente seu blog através do Mantras de Outono do Gui. Gostei bastante de todos que li. Seu estilo é bem simples, envolvente e sentimental, transmite muito bem o que sente!
Estarei acompanhando a partir de agora!
Posso ser sincera?
- como se eu nunca fosse ou precisasse de um sim.
Ninguém é assim, por isso, gostei quando li.. Está longe de existir, de ser você-eu.
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