19 julho, 2010

Não há de ser nada

Não há absolutamente nada de errado contigo:
teus olhos vêem,
tua boca fala,
teus ouvidos escutam.
Na dúvida, conferes:
tua imagem reflete ainda.
Tu existes.

Não há de ser nada, pequena.
Mas suspira.
Suspira que não será hoje o fim,
nem amanhã,
nem dia qualquer seguinte a este.

Não cabe em tua dor uma razão.
Não cabe em tua palavra uma razão.
Não cabe razão em ti, pequena.

Não há de ser nada o que tira o teu sono.
Não há de ser nada tua angústia.
Não há de ser nada.
Absolutamente, nada.

2 comentários:

Má Khalil disse...

Adorei.

Beki disse...

As vezes fica tudo confuso, mas no fim conseguimos destinguir que nada realmente houve... Gostei do blog!