Quando desenho tuas pernas, estas enlaçam meu pulso antes que eu chegue a acariciar teu ventre à caneta. Depois de alguma diversão surgem, na ponta, teus mamilos sensíveis e rijos. Não vejo teu rosto, que ainda não o fiz, mas tuas pernas retorcidas me demonstram a volúpia dos meus toques.
Faço-te os braços, mãos e pequenos dedos. Contorno tua face e, mal surge tua boca, dela escuto um gemido contido até então.
Teus olhos inauguram-se estrelados e me seduzem enquanto eu, cuidadosamente, desfio teus cabelos em fios longos de tinta.
Completa e saciada, és agora a figura de mim.
Um comentário:
Não seria a figura amada?
Andei lendo a Frida Khalo..
Você me trouxe ela novamente, pintando a si própria. Felizmente na pintura das palavras você não colocou as dores que eu sei que você tem.
saudade, tha.
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