sem que houvesse dor latente
para justificá-lo.
Apropriou-se da lágrima
para nela ser manifesta.
Quando passa a agonia,
porém,
nada resta que não a consciência clara e desnecessária do tempo que foi perdido
por um dia,
a cada dia,
sem que o próprio reflexo se deixasse morrer.
Chegou o sonho
sem que houvesse olhos abertos
para acompanhá-lo.
Apropriou-se do sono
para nele ser manifesto.
Quando passa a noite,
porém,
nada resta que não a vaga lembrança do inédito e incontrolável delírio perdido
por uma noite,
a cada noite,
sem que a própria existência se deixasse existir.
3 comentários:
Absurda a forma como me identifiquei com essa obra prima. Até salvei no pc!
que lindo isso, moça!
essas coisas de dramas e sonhos pegam a gente, sempre assim, de sopetão...
que lindo isso, moça!
essas coisas de dramas e sonhos pegam a gente, sempre assim, de sopetão...
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