27 agosto, 2010

N. o A. -2-

Ando dispersa nos seus lábios,
no que me dizem, na sua risada.
Eu me distraio com tanta informação
que você, seu insuportável, me dá.

Não é culpa minha seu devaneio
de enriquecer meu ego, de enfeitar-me.
Sou eu quem, agora, substituiu o vazio
pela curiosidade perdida dos teus olhos.

É que eu ando dispersa também nos seus olhos
e nas curvas do teu rosto largo.
Me distrai, sem volta, na sua barba por fazer;
enlouqueci, seu cretino, só por diversão.

3 comentários:

Vinícius Remer disse...

Não sei se é amor, se for; é um bem sensato. Daqueles que nos iludem e mesmo sabendo disso; querer apenas viver. Lindo como a ti, poeta.

DBorges disse...

Foi informal.
Prefiro quando não é.

Camila P. disse...

hahaha
eu também enlouqueço por uma barba por fazer... ui! ;)