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07 julho, 2011

Voie

*desabafo, EU: "Onde iremos se insistires em me amar?"

E divagas, sozinho
, dizendo que esta
s são preocupaçõ
es que não me ca
bem. Vamos, não
sabemos nós para
onde. É só uma es
trada feita de pass
os lentos, porque n
ão queremos cheg
ar. E divagas, sozi
nho, dizendo que e
stas são preocupaç
ões que não me ca
bem. Vamos, e qu
e adormeça o dia.

*desabafo, EU: "Eu fugiria. Mas prefiro estar. E ir"

19 julho, 2010

Não há de ser nada

Não há absolutamente nada de errado contigo:
teus olhos vêem,
tua boca fala,
teus ouvidos escutam.
Na dúvida, conferes:
tua imagem reflete ainda.
Tu existes.

Não há de ser nada, pequena.
Mas suspira.
Suspira que não será hoje o fim,
nem amanhã,
nem dia qualquer seguinte a este.

Não cabe em tua dor uma razão.
Não cabe em tua palavra uma razão.
Não cabe razão em ti, pequena.

Não há de ser nada o que tira o teu sono.
Não há de ser nada tua angústia.
Não há de ser nada.
Absolutamente, nada.

06 julho, 2010

Miss LadyBug

Risonha, serena, a joaninha vive onde procura abrigo.

A Joaninha mora em lugar nenhum.

Explode de amargura dentro de sua carapaça colorida.

Sabe-se que seu coração não existe, mas que diferença faria se existisse?

A joaninha não chora, a só voa:
mora sozinha no jardim de ninguém.

Pequena,
quem foi que perguntou-lhe se queria ser graciosa?
E quem foi que escolheu?

A Joaninha cansa-se de si.
Recolhe suas asas.
Fecha a carapuça.
Nada busca, mora em si.