05 novembro, 2010

Orla

Com o olhar ventando nos desejos, expôs a pele clara ao sol. Viu no mar o desenho mais completo do chamado 'infinito' e desejou morrer contando grãos de areia ou inundada de ondas bravas. A orla se cobria de espuma branca, um encanto ameaçado e injusto das cores, tantos tons indo e voltando, misturadas ao oceano. Eterno oceano.

Deitou-se e viu areia engolindo pele, ou mundo engolindo corpo. Não se podia limitar. Ventava suave, levantando a poeira mais fina. O sol se pôs e adormeceu na praia.

Um comentário:

t. alves disse...

Belas palavras , e não só ...