06 abril, 2011

Da coisa tua

Nas tuas manhãs, o teto nublado.
Nela, teu sono, tua preguiça, teus pretextos.
Teu motivo para não levantar.

Ou tua luz plena, sol destemido.
Teu suor, teu sal.

Na tarde lenta e morna,
teu mormaço,
teu arrastar de horas.
Teu trabalho árduo pesando sobre os músculos.
O queimar da pele.

A tua lua sempre branca e cheia.
A tua noite estrelada.
Onde andas, o que vestes.
Teu banho.
Depois,
           teu comer, beber e servir.

Cada orvalho pela madrugada.

Só tua, enfim,
mulher e tudo o que queiras,
quando queiras,
até tua próxima manhã.

2 comentários:

Lucas Felipe disse...

Gente comum escuta um "eu te amo" vazio...
Eu ganho um poesia :D e das boas.
Tem outro jeito a não ser amar essa moça linda.

Guilherme Navarro disse...

Esses 't's repetidos deram uma fluidez muito legal. Sempre que venho aqui, gosto! Escreva sempre!