Traz consigo,a menina,
a caixa secreta.
No peito aperta,
disfarça o pacote.
Não sabe a pequena o peso da vida
nem leva o bastante para carregar.
Não sabe a menina o perigo da curva
de quem lhe vigia e quer lhe roubar.
A caixa trancada
quem leva a pequena,
escolhe o caminho
afasta os transtornos.
E guarda o tesouro
gentil donzelinha
tal qual fosse um cofre
ou valiosa herança.
Diria alguém que mais a conhece
que grande bobagem é a caixa que leva:
- Mais vale, mocinha, o que trazes no peito;
se isso lhe roubam, não serás quem é!
E, surda, ela segue
temendo o caminho
carrega - pra onde? -
o invólucro seu.
Um comentário:
Carmen,
Você é uma mulher sensível e não pode, nunca, deixar de extravasar esse seu jeito. Lindas palavras, como sempre.
Beijo imenso, menina querida.
Rebeca
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