17 julho, 2009

(sem título XVIII)

Contados exatos dois mil duzentos e sessenta e três dias de completa solidão ao seu lado nós nos fomos de nós e nos deixamos a sós. E (ai!) que agonia, que dor, que drama o meu! Eu que, dentro de mim, te fiz tanto, te amei tanto, te quis tanto, fui tanto sua! Eu, esse mesmo eu, fui.

Contados, assim, trinta e cinco exatos dias desde então, eu percebo, com alguma nostalgia, o vazio de toda dor e todo drama, o quanto eu me perdi na absoluta necessidade de amar alguém e o quanto isso é, de fato, desnecessário.

Contados os fatos e tudo que vivemos, não houve perda. Foi tudo, em sua medida, lindo e nós ainda somos, à nossa maneira, lindos também. Eu aprecio o amor que dediquei e o que recebi - sabendo que nunca houve paridade - e termino aqui, beijo, adeus.

4 comentários:

Renata Evellyn disse...

Porque eu sinto que você esceveu esse texto para mim? Doeu aqui dentro... Lindo, simplismnte lindo.

Daniela Filipini disse...

Que coisa mais linda :)

DBorges disse...

Como é lindo ler você, porra!
Principalmente prq sei do que está falando. Na verdade eu imagino, mas não tenho certeza.
Você não deixa ninguém ter certezas absolutas sobre você.

Quero crescer o suficiente pra enxergar as coisas da mesma forma que você ou parecido.


Preciso dizer que te amo, tanto.."

Marcelo Novaes disse...

Que a dor cesse...




Beijos,







Marcelo.