16 abril, 2010

Da dor de agora

O amor que eu desejo
toma a forma que necessito:
é confortável seu colo quando dele preciso;
é quente seu corpo quando meu eu é frio;
é forte seu braço se quero que me erga;
é fraco seu ego quando preciso que precise de mim;
é amigo seu ouvido, se me sobram desabafos;
é amante seu todo, se eu toda sou carente.

Só não é meu,
meu amor,
em tempo algum do mundo.

Sigo desejando,
angustiada,
que algum dia eu morra dele.

4 comentários:

Vinícius Remer disse...

É o amor muito egoísta, por si só, eu quero um assim. 'o amor a gente inventa'

Anônimo disse...

o amor é um rock, e a personalidade dele é um pagode.

http://www.youtube.com/watch?v=Vjy8mZ4KP2Y

- Luisa

DBorges disse...

Tom Zé descreveu muito bem o amor.

..


Queremos tanto o amor que quando a gente encontra com ele nem nos damos conta. Acho mesmo que você já encontrou.

Guilherme Navarro disse...

Carregado de sentimentos, seu blog... Foi bom descobrí-lo (através da Alana), agora terei muito tempo para me admirar com suas palavras tão minuciosamente escolhidas. Meus parabéns!