09 junho, 2009

Eu não te quero parecer estranho quando entrelaço meus dedos aos seus
e me confessar demasiado triste por não te escolher.

Ou ainda confessar e,
ao confessar,
ser excessivo.

Te perder amiga e te perder mulher.

Eu prendo e aperto seus dedos.
Eu poderia - não mais agora - te permitir sair.
Eu escutei suas queixas e suas defesas e agora sei que não te posso abandonar,
ainda que não-fazê-lo seja o mesmo que me perder.

De maneira superficial, eu acredito, você supõe verdades a respeito da minha mentira
e limita sua compreensão ao que eu tento esconder,
ao meu tempo gasto admirando o nada
com o olhar perdido
admirando você em mim, dentro de mim.

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