07 agosto, 2010

Abstracto

Meu coração está em silêncio: o pulso é fraco.
Não é morte, não é fome, não é frio.

Também está muda minha boca: não falo, não grito, não sussurro.
Afonia incógnita, delirante.

Meus passos: todos calados. E não é peso,
não é dor, não é preguiça.

A vida está(tica) todo o tempo no mesmo ponto do destino.
São, por fim, os pássaros que chegam até mim,
me fazem ninho,
alimento.

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