12 agosto, 2008

Violinista

Ele tem um olhar que vai fundo e lento. E um cabelo que geralmente tapa-lhe os olhos. Um carinho, meu amigo, que nem sei. Um talento, uma paciência. De um rir estranho e um sorrir divino. Ele sofre, ele chora e ele não cobra nada.

É que quando ele chegou eu nem esperava. Veio assim dizendo que tinha gostado de mim eu não sei porque. Ele é bonito, sim, ele é. E eu como bom mineiro nascido em Minas criado em Minas e vivido em Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Goiás desconfiei que ele fosse real de tudo. Um amigo, assim, de mãos abertas, que te parece? Pois me pareceu que não era possível. Mas é. Ele é.

Ele não julga e isso é incrível. Absolutamente nada. Eu quero aprender o mundo com ele, do jeito dele.

Ele toca violino. Só pra mim, às vezes.

Ele é místico, mago, bruxo.

Ele sou eu, só que do jeito certo.


P.S.: Somos obcecados por reticências...

3 comentários:

Má Khalil disse...

Acho que às vezes ele ronda meus sonhos... Ou sou eu que o sonho.

Gustavo Ruzene disse...

nossa...
o que dizer depois disso?!
mal me reconheci em meio a essas palavras...
nao imaginava ser visto desta forma...
obrigado por tudo!

Felipe disse...

Chique, viu.